segunda-feira, 24 de março de 2008

Cinema: Operação tira-traças!

Não é difícil manter uma agenda cultural atualizada. Difícil é arranjar estímulo para isso quando você tem uma média de visitação diária em torno de 5 pessoas! Pior que desses cinco, dois ou três podem ter chegado por acidente e ter saído daqui mais rápido do que entraram...

Para tirar as traças do blog, segue o lead da matéria com a estréias de cinema de 21 a 27 de março. Poderia ter colocado antes, mas ainda acho válido, especialmente sendo hoje o "Dia dos Lisos".

Estréias de cinema:

A atuação do congressista americano Charlie Wilson foi primordial para a queda do exército soviético no Afeganistão. A história dele entre em cartaz a partir de hoje nas salas de João Pessoa, em "Jogos do poder", dirigido por Mike Nichols e estrelado por Tom Hanks e Julia Roberts.

As outras estréias são: "As crônicas de Spiderwick", uma fantasia onde três irmãos investigam mistérios na casa para onde acabaram de se mudar e descobrem um mundo de criaturas mágicas e assustadoras; "Um amor de tesouro", comédia romântica com Matthew McConaughey e Kate Hudson, que trabalharam juntos em "Como perder um homem em 10 dias"; e a comédia besteirol "Espartalhões", uma paródia ao épico "300".

Os horários estão nos links à direita.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Cinema: Estréias de 14 a 20 de março

Três filmes entrarão em cartaz a partir de amanhã nas salas de João Pessoa e Campina Grande. Uma animação (dublada), o vencedor do Oscar de melhor ator e o perdedor da mesma categoria. Chato chamar de perdedor, né?

Sangue negro (159 min - Drama) - Box 3 (14h45(a) - 17h55 - 21h05)

Horton e o Mundo dos Quem (92 min - Animação/Comédia) - Campina 01 (14h00 - 15h40 - 17h20 - 19h00 - 20h40); Tambiá 4 (13h10 - 15h30 - 17h10 - 18h50 - 20h30); Box 5 (13h00(a) - 15h00 - 17h00 - 19h00 - 21h00)

Senhores do crime (100 min - Drama) - Box 7 (14h50(a) - 17h05 - 19h20 - 21h30)

Artes plásticas: Chico Ferreira lança livro-catálogo

Escrevi para a edição de hoje do Correio da Paraíba uma matéria sobre o lançamento do livro de Chico Ferreira. Colo abaixo a abertura e um trecho inédito - deve ter sido falta de espaço.

O artista plástico Chico Ferreira reuniu em um livro pinturas, esculturas e objetos representativos de sua produção contemporânea. A publicação será lançada hoje, às 20h00, na Vila do Artesão, situada na Avenida Cabo Branco, em João Pessoa, próximo à Fundação Casa de José Américo.

Não se trata de uma retrospectiva, mas de uma espécie de catálogo estilizado, com textos de William Costa, fotografias de Roberto Coura, programação visual de Dyogenes Chaves, editoração de Juca Pontes e tradução para o inglês de Vitória Lima. O livro é patrocinado pelo Fundo Municipal de Cultura (FMC) da Prefeitura de João Pessoa, orçado em R$ 23.800.

Trecho que não coube

Chico também comentou a falta de organização entre os artistas plásticos. "Os artistas de todos os segmentos são muito complicados, os artistas plásticos nem se fala! Acho que é um dos segmentos da produção mais complicada. Porque eles são individualistas, o próprio trabalho permite que eles sejam individualistas". Ele afirmou que os artistas reclamam, mas não conseguem reivindicar porque são reclamações soltas e individuais.

terça-feira, 11 de março de 2008

Teatro: "Vereda da Salvação" no Santa Roza

O texto abaixo é um trecho da matéria seguido da crítica, ambas de Jãmarri Nogueira. A íntegra está na capa do Caderno 2 do Correio da Paraíba desta terça-feira (11).

Uma das melhores montagens do teatro paraibano das últimas duas décadas terá apresentação única, hoje, às 20h00, no Santa Roza, em João Pessoa. "Vereda da Salvação", que tem direção da carioca Christina Streva, é sucesso de público e crítica desde o ano passado e já teve uma série de apresentações na Sala Preta da UFPB e no teatro Lima Penante, em 2007. Os ingressos custam R$ 10 e R$ 5. Comerciários com a carteirinha do SESC nada pagam.

Crítica


"Vereda da Salvação" merece uma crítica de trás para frente: imperdível, obrigatório, necessário. A montagem de Christina Streva que será apresentada, hoje, no Santa Roza, é uma prova inconteste de como as mãos do diretor podem fazer lapidar um elenco jovem e inexperiente.

Carioquíssima, Streva teve sensibilidade na captação da essência sertaneja, descartando lugares-comuns e dizendo não ao caricatural. "Vereda da Salvação" tem interpretações e texto fortes. Guturais. Secos. Fortes, guturais e secos como o jeito sertanejo de falar. Atente para a crueza da cenografia. Atente para a luz rubro-amarelada e para o breu.

E mais: a sonografia passou a ser feita pelo elenco. Nada de som mecânico. São detalhes enriquecedores de uma peça que desvenda a microfísica do poder através do miserê sócio-intelectual dos brasis. A melhor opção para esta noite de terça-feira está no Santa Roza. Imperdível! (JN)