segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Cenário Cultural sai do armário

Quem mora em João Pessoa já deve conhecer o maravilhoso guia "Cenário Cultural", distribuído gratuitamente em diversos pontos da cidade e com peridiocidade quizenal. O material é descaradamente inspirado no Guia BH. O empresário Leonardo Uchôa (meu amigo de infância, mas isto é outra história) "chupou" a ideia quando esteve por lá há alguns anos.

De volta à Paraíba, Léo montou uma equipe e, mesmo sem nunca ter cursado jornalismo, conseguiu produzir um excelente material de divulgação da agenda cultural da cidade. Talvez a qualidade gráfica venha do contato que ele sempre teve com este universo, uma vez que seu pai trabalhava (ainda trabalha?) vendendo máquinas da Xerox.

Fato é que, na Paraíba, ainda não há nada que se compare ao "Cenário Cultural" quando se trata de material informativo para divulgar as atrações artísticas, gastronômicas e culturais lato sensu.

E o que isso tem a ver com sair do armário? É uma revista gay? É. Se o sentido de "gay" for "alegre". Na verdade a capa da mais nova edição, a 21ª, está bem gay, estetivamente falando e como há entrevistas com alguns homossexuais no miolo (assumidos ou não), alguém pode pensar que se trate de uma revista para o público LGBT (que saudade da sigla antiga, GLS).

A "Cenário Cultural" saiu do armário com a assinatura de Sarah Falcão, que até onde eu sei é bastante hétero (existe bastante pra isso? Ou é ou não é!). Ela assina uma coluna que deve ser permanente sobre Moda e Cultura. O texto da estreia recebeu o título "Não é artesanato, é moda" (Esqueceram a vírgula na revista). Sarah fala sobre a participação de Ronaldo Fraga no programa "Talentos do Brasil" enfatizando que não é mais cafona usar renda, labirinto etc.

Sarah é uma jornalista promissora e logo estará com o texto redondinho. Honestamente, está bom, mas ainda não está redondinho. Keep it up, Sarah!

Um comentário:

Mythus disse...

Nunca ultrapassei o entendimento básico de como funciona a economia de um produto gratuito.

Quer dizer que "simpatizantes" saíram do grupo com a nova sigla ou nunca existiram? Enquanto isso, no Orkut, ainda existe a opção sexual "curioso".